-Ana Cristina R.Bonchristiano-
"O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo de escolher uma pessoa que possa atender os interesses do Brasil. Uma pessoa que tenha respeito pela sociedade brasileira. Que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Sem precisar ficar votando pela imprensa. Já tem várias pessoas em mira — afirmou. — Não precisa perguntar questão de gênero ou de cor. No momento certo vão saber quem eu vou conhecer". (Luiz Inácio Lula da Silva, 25-9-2023).
“Eu quero me lançar porque eu sou branco, porque eu sou mulher, porque eu sou negro, porque eu sou indígena. Está errado!” (Luiz Ignácio Lula da Silva, 3/2/2024)
Recentemente, algumas vozes públicas manifestaram-se contra o “identitarismo”, numa incômoda aproximação ideológica com os mais candentes discursos conservadores da direita e da nova extrema-direita.
Há pelo menos meio século, as crises vêm crescendo e são muitas: da identidade, do neoliberalismo, da subjetividade, do neocolonialismo e, não menos importante, a climática. Todas elas geram sofrimento. As imagens veiculadas na televisão e na internet de vários conflitos dão o testemunho da nossa impotência e reduzem nossos horizontes. Parece que o sofrimento humano por si só não consegue gerar mudanças e, por isso, é urgente a necessidade de entendimento da origem e das causas dessas crises para que a luta por mudanças possa ressurgir.
A crise de subjetividade, a fragmentação do ser, enfim, a crise das relações humanas e a convulsão social são temas amplamente discutidos desde o século XVIII. No século XX e agora no XXI, o problema identitário surgiu como um problema político urgente, ainda que contestado por todos os lados, até por parte da esquerda, sob a alegação de que essa discussão seria desviante da luta de classes e do problema econômico. Essa esquerda “tradicional” parece estar desconectada do cotidiano de sofrimento, humilhação e privação dos negros, indígenas, mulheres e da comunidade LGBTQIA+, isto é, da realidade social e, então, a luta revolucionária fica abstrata, teórica, calcada numa identidade conservadora e “universal” (do homem branco, heterossexual e ocidental), sem ligação com a emancipação humana e a transformação concreta da sociedade.
Não há dúvida de que as identidades são construções sociais, mas o direito de seu reconhecimento é relevante. As lutas por políticas de identidade são sintomas da crise que reorganizou os mecanismos de reprodução social do capitalismo, pois a ideologia neoliberal cultua o hiper individualismo e a competição, causando a destruição da solidariedade. Ao abolir as políticas públicas de proteção social, abre amplo espaço para o extermínio e o encarceramento como métodos de controle e eliminação da pobreza. No sentido revolucionário, a afirmação das políticas identitárias serve para um dia superá-las e alcançar a emancipação geral e irrestrita, como explica o atual Ministro dos Direitos Humanos do Brasil, Silvio Luiz de Almeida no Prefácio da edição brasileira do livro de Asad Haider (2019, 7-19).
A junção entre neoliberalismo e fascismo se serve do discurso de liberdade como fortalecimento do individualismo, o que prejudica a formação de um corpo social lutando por sua emancipação. A crise de identidade e os impulsos emocionais das pessoas precarizadas ajudam a compreender as formas do autoritarismo social, tal como apareceu nos estudos sobre a personalidade autoritária, a partir de Sigmund Freud, Wilhelm Reich, Theodor Adorno, Erich Fromm e outros integrantes da Escola de Frankfurt.
A psicanálise, desenvolvida inicialmente por Sigmund Freud, no final do século XIX e na primeira metade do XX, em Viena, pode nos ajudar a explicar os fenômenos de crises. Mas a psicanálise precisa ser crítica para, com os movimentos de libertação, ajudar na luta contra as alienações de classe, raça, gênero e epistemológica. O livro manifesto “Psicanálise e Revolução”, de Ian Parker e David Pavón-Cuéllar mostra como
“a relação entre o mundo pessoal, interior, e o social, exterior, é decisiva para os movimentos de liberação. Por esses movimentos podem se beneficiar da psicanálise, ela que dedicou mais de um século a explorar a íntima e complexa relação entre a realidade e o que sentimos no mais profundo e insondável de nós” (2005, 28).
Acredito que a psicanálise possa ser, como a arte em geral, um instrumento de prática crítica para a construção de uma “alternativa ao capitalismo, ao sexismo, ao racismo e às novas formas de colonialismo” (2005, 15).
PSICANÁLISE, ARTE E REVOLUÇÃO
Freud, quando fez a análise onírica da obra de Wilhem Jensen (Gradiva), afirmou que “a natureza da realização artística é psicanaliticamente inacessível a nós”. Porém, ele justificou sua ousadia no trabalho com a literatura, afirmando que “os escritores criativos são aliados muito valiosos, cujo testemunho deve ser levado em conta, pois costumam conhecer uma vasta gama de coisas entre o céu e a terra com as quais a nossa filosofia ainda não nos deixou sonhar” (FREUD, 1996, p. 20).
Além da analogia acima, é possível fazer outra, entre as narrativas ficcionais e as fantasias e os devaneios individuais, contados no divã do psicanalista. Os mitos, as lendas e os contos de fada são um tesouro das narrativas populares, vestígios distorcidos de fantasias plenas de desejos de nações inteiras. São como “sonhos seculares” da humanidade jovem (FREUD, 1996, p. 142). Contra a ciência positivista, Freud (1996) buscou aliar as crenças e as histórias populares ao velho acervo mitológico do significado do sonho e, também, conseguiu conciliar a interpretação dos sonhos ao mundo literário de Goethe, Schiller, Sófocles, Shakespeare e outros escritores menos prestigiados, como Wilhelm Jensen. Assim, não parece despropositado acrescer neste passo que a literatura, a par de sua qualidade estética, oferece a possibilidade de levar ao universo de leitores uma compreensão de suas próprias experiências individuais e das lutas coletivas.
A arte poética supera nosso sentimento de repulsa, ligado às repressões, suavizando o caráter egoísta do devaneio, por meio de disfarces, e nos suborna com o prazer formal, estético, que nos oferece na apresentação de fantasias. Segundo Freud, a verdadeira satisfação que usufruímos de uma obra literária procede de uma libertação de tensões em nossas mentes. O escritor permite deleitarmo-nos com nossos próprios devaneios, sem autoacusações ou vergonha (FREUD, 1996).
Na narrativa ficcional pode-se detectar, em paralelo, que a realidade social é a criadora da subjetividade, pois, segundo a psicanálise, o sujeito está inserido no mundo pelas práticas discursivas do universo ao qual pertence (FREUD, 2011b). Freud, ao introduzir o conceito de “lembranças encobridoras” (FREUD, [1899] 1950), tema do qual se ocupava na virada do século XIX para o XX, desde que se envolveu com sua autoanálise (no verão de 1897), relatou os problemas do funcionamento da memória e suas distorções, a importância das fantasias, a amnésia que cobre os primeiros anos de vida e a sexualidade infantil. A criança aprende inconscientemente as lições “civilizadoras” pela linguagem e pelos símbolos na família e no grupo social, no qual está inserida. O inconsciente é inacessível porque está reprimido, mas é possível vislumbrá-lo, ainda que parcialmente, pela livre associação das palavras, pelos atos falhos da linguagem, pelos chistes ou pela interpretação dos sonhos.
O medo imposto às pessoas dos grupos vulneráveis é o afeto mais utilizado pelo autoritarismo neoliberal. É por ele que se efetua a repressão e se impede a transformação. O medo está associado à insegurança e pode levar a um recalque ligado à perda de autonomia e de liberdade. O medo é o afeto que faz as pessoas respeitarem as leis e, por isso, é o afeto político principal, indissociável da “compreensão” do indivíduo, no processo de seu reconhecimento. Freud, contudo, foi mais além e reconheceu não exatamente o medo, mas o desamparo como afeto político central e capaz de trazer sua ambivalência no sentido de que a partir da recusa do desamparo surge a possibilidade da emancipação (SAFATLE, 2015, p. 18-21).
[...] a lição política de Freud consiste em dizer que há uma espécie de aprisionamento do desamparo na lógica neurótica das narrativas de reparações, esperadas por aqueles contra os quais me bato, narrativas de demanda de cuidado, ou, se quisermos uma palavra que tende a submeter o campo do político, de care. Retirar o desamparo dessa prisão é a primeira condição para nossa emancipação (SAFATLE, 2015, p. 21/22).
Em seu estudo sobre a psicologia das massas, Freud (2011b) aponta a identificação das pessoas que não tomam decisão sobre o seu próprio desejo, transferindo para o líder a tomada de decisões. O sujeito renuncia ao pensamento e às transformações. Não pensa por si próprio nem se emancipa. Transfere a responsabilidade para o “líder”. Há uma covardia em relação ao desejo, àquilo que se quer. Em uma palavra, renuncia à sua cidadania, à sua condição de sujeito pensante. Ou, de acordo com o pensamento de Arendt (1991), renuncia à “ação”, entendida em contraste com o a atividade do labor.
No estudo sobre as mulheres histéricas, Freud descobriu o sintoma do sofrimento, associando à história da histérica, do seu passado, com sua memória reprimida que era, inicialmente, acessada pela hipnose. Posteriormente, Freud abandonou a hipnose e chegou à psicanálise no trabalho com a livre associação de palavras, no divã[1]. Pelo trabalho da linguagem, pela livre associação das palavras, pelos atos falhos e interpretação dos sonhos, o analista (psicanalista, no caso individual), ou o leitor e o crítico, em análise, vai escavar[2] e desvelar o sentido, como no trabalho arqueológico, que vai retirando as camadas até encontrar seu alvo.
Ressaltamos que Freud, aparentemente, dedicava-se ao estudo do conteúdo das obras literárias e não à sua forma na busca da lembrança recalcada[3] (ainda que a forma seja o conteúdo decantado), pois, na verdade, ele observava o que o escritor oferecia em sua obra de fantasia livre para reconhecer a lógica do fantasma (ou da fantasia)[4] e a angústia nele travestida. A razão dessa busca é a de que o artista (no caso, o romancista) tem a facilidade de circular entre os dois lados da fronteira entre realidade e ficção, reivindicando o fantasma como produto de sua fantasia e refutando, por meio do princípio de realidade, o devaneio de sua personagem.
É difícil imaginar qual será o futuro do capitalismo, no qual há constantes e cada vez maiores e mais frequentes colapsos financeiros, desde 1929, mas em especial a partir da década de 1980. Além da questão econômico-financeira na política internacional, existe também a questão tecnológica, domínio no qual há uma grande guerra entre o mundo ocidental, representado pelos Estados Unidos, e o oriental, pela China. No neoliberalismo contemporâneo, tudo é mercantilizado e as pessoas permanecem alienadas das condições da vida cotidiana, em razão da perda de sentido causada pelo aumento da propaganda burguesa. As pessoas não têm trabalhos estáveis, posições seguras, vizinhos que se conhecem e se encontram nas ruas. Sua alienação as impede de perceberem as armadilhas do sistema neoliberal e elas acabam por aderir a essa razão de mundo que as mantém mais alienadas ainda, num círculo vicioso. As pessoas comuns passam a ser competitivas, passivas e agressivas, movendo-se para o caminho da extrema direita.
No início do 18º Brumário (1852), Marx cita a afirmação de Hegel, na Filosofia da História (1837), de que todos os grandes fatos ou os grandes homens repetem-se ao menos duas vezes na História. Marx (2015, p. 25) acrescenta que, na primeira vez, como tragédia, e na segunda, como farsa. Ele argumenta que os homens fazem a sua própria história, mas não de livre e espontânea vontade, porque não são eles que escolhem as circunstâncias, mas estas lhes são transmitidas assim como se encontram.
A tradição de todas as gerações passadas é um peso que comprime o cérebro dos vivos. E, justamente quando parecem estar empenhadas em transformar a si e as coisas, exatamente nas épocas de crise, elas conjuram a ajuda dos espíritos do passado, tomam emprestados os seus nomes, as suas palavras, os seus figurinos, a fim de representar, com essa venerável roupagem tradicional e essa linguagem tomada de empréstimo, as novas cenas da história.
A repetição é realizada com o retorno de algo, o qual Freud (2011b) descreveu como “o retorno do recalcado”. É o recalcado (reprimido), individual e socialmente, que se repete. A repetição histórica alimenta-se e se repete, ainda que com outras roupagens, de algo que ficou esquecido, mas soterrado na psique coletiva. Marx e Freud mostram que os sintomas psíquicos repetem e reproduzem os ideários recalcados, os quais são vividos inconscientemente em meio a uma profunda ambivalência. Esta ambivalência nasce de experiências e de tendências que vivem no profundo da nossa história, da nossa ontogênese — do nosso desenvolvimento, desde a concepção até a maturidade — como sujeitos.
Percebemos, assim, que o nível de repressão na sociedade contemporânea é muito grande e atende ao modelo neoliberal, com o fim de reprimir a sexualidade e aumentar o tempo dedicado ao trabalho. Como apontou Marcuse (1968), as repressões em excesso só servem para manter a família patriarcal monogâmica, sob controle público da existência privada do indivíduo, em uma divisão hierárquica do trabalho e sob amplo controle da sexualidade.
Na conjuntura do capitalismo, que se estruturou como uma sociedade de pensamento neoliberal, surge a personalidade autoritária fascista que é dispersa, fragmentária e tende à formulação de células ideológicas que não possuem comunicação entre si. Nessa sociedade, os processos são desenvolvidos a partir de insatisfações e de ressentimentos inicialmente difusos, enquanto a luta de classes é encoberta para se depositar no sujeito individual a responsabilidade por sua vida, seu destino, sua felicidade ou seu fracasso. Esse processo recebe o verniz da digitalização da vida, animada pelas redes sociais a partir dos anos 2000, fomentando o desamparo, a solidão e a incomunicabilidade difusas, transformando o ressentimento/recalque em algoritmos operando nas redes sociais, dos aplicativos dos smartphones. As pesquisas e as reflexões científicas e acadêmicas são substituídas pelas regras de mercado e pela opinião pública, levando a cultura ao caos e à fragmentação.
A formação psíquica das pessoas flutua no mundo neoliberal em perspectiva autoritária e patriarcal, cerzindo uma teia entre o ressentimento inconsciente e a vontade de superar o outro. As doenças físicas e psíquicas das pessoas foram identificadas com os avanços tecnológicos positivos na questão individual da medicina, enquanto a sociedade adoece sem a cura para as doenças sociais, tal como constatado por alguns pensantes das Artes e das Ciências Humanas, visto ainda não foi encontrado o antídoto contra essa razão perversa do mundo neoliberal. Quando se trata de socialismo solidário, isto é, uma sociedade baseada na igualdade e na solidariedade, muitos já pensam na perda da internet, do celular e de outras conquistas tecnológicas, na invasão e tomada de seus bens privados, e acabam aceitando a repressão imposta pelo capitalismo tardio/neoliberalismo.
O lema “Deus, Pátria e Família”, dos regimes fascistas, concretizadas em vários países no século XX, teve o acréscimo nazista do “Trabalho” na sociedade neoliberal onde vigora o capitalismo tardio e a regra do 24/7, trabalho online vinte e quatro horas diárias por sete dias semanais (CRARY, 2016). A tecnologia é usada o tempo todo, para toda e qualquer comunicação entre as pessoas. Na sociedade contemporânea, a personalidade autoritária acaba sendo a explicitação do processo de individuação fragmentado e oprimido e o neofascismo é a realização dessa estrutura psicológica, em que impera a crise de identidade.
Para que as pessoas possam se emancipar e se libertar é necessária uma transformação macroestrutural, socioeconômica e, também, uma decomposição microestrutural, em que cada um possa gerir seu corpo, sua sexualidade e as relações de reprodução no interior da família, longe dos valores patriarcais, colonialistas e racistas. Só assim poderá haver uma transformação satisfatória. O trabalho com a palavra na psicanálise e nas artes em geral, desde que críticas, recriando narrativas alternativas, tal como refletido acima, pode induzir a essa transformação tão urgente e necessária.
Notas:
[1] A partir dos estudos da histeria surgiu a psicanálise, mas hoje o termo empregado no lugar de histeria é mais próximo de algo como neurose de conversão ou de transferência (“psiconeurose”)
[2]Em seus estudos sobre histeria, Freud usa a expressão: “técnica de escavação de uma cidade soterrada”.
[3] Exemplo é O Infamiliar (Das Unheimliche), do Homem de Areia, de E.T.A. Hoffmann.
[4] Freud trabalhou junto com Breuer as manifestações fantasísticas das histéricas e depois continuou trabalhando as fantasias na interpretação dos sonhos (ROUDINESCO, 2022, p. 223/226).
REFERÊNCIAS
· ADORNO, Theodor W. The Authoritarian Personality. New York: Harper and Brothers, 1950.
· ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991.
· CRARY, Jonathan. 24/7, Capitalismo Tardio e o fim do sono. São Paulo: Ubu, 2016.
· FREUD, Sigmund. Obras Completas. O eu e o id, “Autobiografia” e outros textos (1923-25), v. 16, Companhia das Letras, SP, 2011a.
· FREUD, Sigmund. Obras Completas, Psicologia das Massas e análise do eu e outros textos (1920-23), vol. 15, Companhia das Letras, SP, 2011b.
· FREUD, Sigmund. Lembranças Encobridoras, 1899, a partir de uma revista publicada em 1950. Disponível em: Edisciplinas.usp.br/puginfile.php/4628188/mod_resource/content/1/Lembranças_Encobridoras.pdf. Acesso em: 21 maio 2021.
· FREUD, Sigmund. Escritores criativos e devaneio. In: FREUD, Sigmund. Gradiva de Jensen e outros trabalhos (1906-1908). Obras completas, volume IX. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. p. 135-143.
· FREUD, S. Além do princípio do prazer. Rio de Janeiro: Imago, [1920] 1996.
· FROMM, Erich. A revolução da esperança, por uma tecnologia humanizada. São Paulo: Círculo do Livro; Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969.
· FROMM, Erich. O medo à liberdade. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974.
· HAIDER, Asad, Armadilha da Identidade, São Paulo: Veneta, 2019.
· MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
· MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2015.
· PARKER, Ian, PAVÓN-CUÉLLAR, David, Psicanálise e Revolução, São Paulo: Autêntica, 2005.
· REICH, Wilhelm. The Mass Psychology of Fascism. New York: Orgone Institute Press, 1946.
· ROUDINESCO, Elisabeth; PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
· SAFATLE, Vladimir. O Circuito dos Afetos. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
ANA CRISTINA R. BONCHRISTIANO, associada regular do IBAP, é Juíza de Direito Aposentada (TJSP), graduada em Direito e em Letras pela Universidade de São Paulo, mestra em Literatura Portuguesa pela FFLCH-USP, integrando o Grupo de Estudos de Literatura de Autoria Feminina - GELAF, da mesma faculdade. É aluna de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.
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