ESPERANÇAR COM POESIA PRONTA
- Revista Pub

- 13 de set.
- 2 min de leitura
-M. Madeleine Hutyra de Paula Lima-

Vivemos um mundo de grandes incertezas. Para aliviar a tensão, nada melhor que uma proposta inteligente em imagem que encontrei no perfil O eu andarilho (Facebook): - E agora, o que faremos? - Poesia, esses canalhas não suportam poesia. E vejo essa poesia como resposta a minhas angústias nas letras de composições de Ivan Lins, que trago aqui.
As ameaças de seis décadas atrás estão vivas, já sem qualquer pudor, e sabemos o sofrimento representado por aquele período soturno da ditadura, e me alimento em Começar de novo,
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo.
A natureza que está dentro de muitos vai se definhando e também sendo degradada aquela à qual teríamos que nos integrar. Aos nossos filhos lembra isto,
Perdoem a falta de folhas
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha
Os dias eram assim (...)
Quando brotarem as flores
Quando crescerem as matas
Quando colherem os frutos
Digam o gosto pra mim
Continuam os riscos nas esquinas nas noites escuras das periferias, nas ameaças violentas e absurdas escancaradas à luz do dia e nos jogos das armas mais duras de seres sem alma com seus projetos certeiros. Que milhões em dinheiro como grilhões substituíram o sentimento de humanidade? Encontro saída em No novo tempo
No novo tempo
Apesar dos perigos
Da força mais bruta
Da noite que assusta
Estamos na luta
Pra sobreviver
Celebramos gloriosas vitórias que nos animam de esperança para virar a página triste da história humana. Comemoramos a vitória da democracia com a decisão no Supremo Tribunal Federal que manifestou a força da soberania nacional na data histórica de 11 de setembro! E teremos outras. Seguimos sonhando e lutando por dias mais felizes para todos e isto Depende de nós
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor (...)
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós.
Marie Madeleine Hutyra de Paula Lima é advogada, mestra em Direito Constitucional e mestra em Patologia Social e associada do IBAP. Publica sua coluna todo dia 13 do mês.










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