O CHAMADO
- Revista Pub
- 3 de jun.
- 2 min de leitura
-FREDERICO ARZOLLA-
Eu agradeço a todos com quem compartilho esta vida.
Aprendo muito e graças a esta convivência sinto a força e a energia para continuar,
pois sozinho teria parado de lutar.
Lutar não com armas,
mas o embate que o ser humano trava diante das forças da inércia,
das forças quase constantes da disruptura,
da tendência caótica da desorganização, da desestruturação e da destruição.
Vejam o que fazem as guerras.
Temos outras guerras, as internas, entre o que somos e o queremos ser,
E temos as guerras na sociedade,
para a preservação dos direitos, diante dos ataques organizados,
para a preservação das instituições, que são o alicerce do mundo,
em todo tipo de organização.

Quando estas são atacadas, é o sinal do saque.
Proteger direitos e instituições é a resistência necessária diante das forças do caos, desagregador e disruptivo.
Destroem para se apossar e assim, sem seus fundamentos, exercer o domínio.
A coisa pública está sob o ataque, os alicerces da sociedade estão sob o ataque.
É muito importante o trabalho de conscientização,
pois imersos em seus problemas e diante de um mundo,
cuja imagem é distorcida e manipulada,
poucos conseguem despertar e ter a consciência dos processos.
É imperativo que reajam, que não sejam massa de manobra,
que a alma de vocês desperte o espírito e emerjam do estado latente,
por vezes vegetativo.
Somos muito mais do que aquilo que exercemos e nosso potencial é infinito,
tão infinito quanto as estrelas no céu.
Não deixem de olhar o céu e ver sua imensidão,
assim é o poder latente do ser humano,
capaz de incríveis momentos de superação.
Sigam em paz sempre, mas a paz da justiça, da empatia, das causas.
Somos seres divinos e como tal podemos operar o divino na Terra,
sendo seu instrumento, trazendo à terra as forças de organização,
da criação da lei e da ordem divinas, a inspirar as humanas.
Sejamos agentes de transformação deste mundo, não deixando a inércia dominar nossos corpos, nem dos demais,
nem a insensibilidade dominar diante de um mundo em desconstrução.
Tenhamos consciência de que a ação é necessária,
e a realizemos com competência
Não somos poucos, há muitos, num despertar efervescente de movimentos, procurando curar as feridas do mundo.
Sigamos perseverantes,
para reverter a tendência do caos e da destruição,
atuemos com fé e coragem.
Este é o chamado.
Frederico Arzolla é Engenheiro Agrônomo, Doutor em Biologia Vegetal, Pesquisador em Conservação da Natureza e Florística e Fitossociologia de Árvores da Mata Atlântica e associado do IBAP.
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